Sem pegada: moda fica fora de moda 2yy6b

(Foto: Reprodução/ SEBRAE)

A ativista ambiental Greta Thunberg afirmou recentemente que não compra roupa nova há 3 anos. E olha que ela só tem 18 agora. Segundo Greta Thunberg, a indústria da moda e o consumo desenfreado de marcas fast fashion, se divulgam como “maquiagem verde” (greenwashing), para se “venderem como éticas”. E ela está coberta de razão. Assim agem também com pecha de responsabilidade social, pegada de carbono, sustentáveis e marcas friendly. 3me5x

Em conversa com a Vogue escandinava, Thunberg condenou a indústria da moda por sua “enorme” contribuição para a mudança climática”. Estima-se que o setor seja responsável por 10% das emissões globais anuais de CO2, mais do que todos os voos internacionais e de transporte marítimo. 4dee

Contra essa corrente, algumas empresas sinalizam que querem mudar essa condição. A Renner, por exemplo, traçou um compromisso eco-friendly com o seu Re Jeans e o EcoEstilo, que coletou cerca de 155 toneladas de itens descartados pelos clientes. Para a Exame, a varejista estabeleceu meta de comercializar 80% dos produtos menos impactantes, com algodão certificado; suprir 75% do consumo corporativo de energia com fontes renováveis de baixo impacto; reduzir em 20% as emissões de CO2 em relação aos níveis de 2017 e ter toda cadeia nacional e internacional de fornecedores com certificação socioambiental. 292a1q

“Em 2018 conseguimos materializar publicamente nossos compromissos com relação a ESG. Um deles era ter 100% da nossa cadeia e fornecedores com certificação sociambiental em 2021, outro era ter 75% do nosso consumo de energia vindo de fontes renováveis de baixo impacto. Devemos chegar a 80% ainda este ano”, revelou o presidente da Lojas, Fabio Faccio. 5huh

Na outra ponta, a das marcas internacionais, A Gucci publicou o Relatório de Impacto Equilibriu, sobre compromissos da grife com o planeta. Das metas estabelecidas para 2025, a marca atingiu 44% de redução dos impactos ambientais e 47% nas emissões de gases de efeito estufa. 39y1h

Mas há também aqueles que empregam filosofia de vida na moda. A vegana Urban Flowers, por exemplo, abraça causas feministas, de sustentabilidade e slow fashion. E prioriza lixo zero. Seja como for, mesmo iniciativas louváveis devem ser fiscalizadas, para não serem corrompidas pelo marketing barato, como aconteceu no início da implementação do Código de Defesa do Consumidor. 3r4y47

Para atrair consumidores, marcas podem alardear compromissos sociais e climáticos, sem uma comprovação crível. Falta um avaliador do lado do consumidor? Sempre falta. 6l725l