O Covid-19 deve acelerar o desmatamento na Amazônia brasileira e as perspectivas para a floresta não são boas desde o início deste ano, aponta relatório da consultoria Eurasia. h316o
De acordo com o estudo, no início do ano, o número de alertas é “muito baixo por causa de chuvas torrenciais” na região. Entretanto, os alertas de desmatamento totalizaram 796 quilômetros quadrados no primeiro semestre, um aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2019, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O índice é o maior registrado desde 2016.
Para a consultoria, há quatro motivos que podem aumentar a floresta derrubada: menos pressão internacional, menos recursos disponíveis ao Exército, menos fiscalização e maior dificuldade na implementação de estratégias para a região.
A Eurasia aponta que a pressão de outros países, empresas e instituições internacionais estão entre os agentes que atuam em prol da proteção ambiental da Amazônia durante o atual governo, como no combate as queimadas no ano ado.
O combate aos incêndios florestais teve ajuda de tropas durante dois meses. Autoridades brasileiras debatiam uma intervenção mais longa neste ano. Mas a medida ficou em segundo plano por causa da pandemia, informa o comandante do Exército, Edson Pujol.
A crise econômica gerada pelo Covid-19 ainda deve piorar a política de conservação da floresta, já que as autoridades regionais se opõem amplamente contra as operações de controle rigorosas.
A Eurasia reconhece, no entanto, que os efeitos da crise econômica sobre o desmatamento ainda não estão claros.