“Não deixar ninguém para trás: agir em conjunto para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”. Esse é o tema da 79. Assembleia Geral das Nações Unidas, que reúne os 193 estados que fazem parte da organização. Por tradição, cabe ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso do debate geral, seguido do presidente dos Estados Unidos. 3r616a
O Presidente Lula foi incisivo em seu discurso, defendeu a reforma da ONU para acompanhar os desafios do mundo e ressaltou a falta de união entre as nações citando o Pacto para o Futuro, documento adotado pelos países para reforçar a cooperação global.“Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes. Nem mesmo com a tragédia da covid-19, fomos capazes de nos unir em torno de um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. Precisamos ir muito além e dotar a ONU dos meios necessários para enfrentar as mudanças vertiginosas do panorama internacional”, acrescentou o presidente. 2f3r4q
Ao abordar a crise climática global, Lula falou que não é possível “desplanetizar” a vida em comum – e que o planeta está “condenado à interdependência”. 3m5dv
“O planeta já não espera para cobrar da próxima geração, e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução da emissão de carbono negligenciadas, do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega. O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global, e 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna”, afirmou, citando catástrofes ao redor do mundo.