Monotrilho 245l

(Foto: Helvio Borelli)

Não sou contra a implantação de ciclovias, mas acredito que gerir uma cidade com poucos recursos e em momentos de crise é preciso escolher o que fazer, meio óbvio, né? O que não dá para entender é essa monstruosidade de colocar as ciclovias em locais onde não dá para andar nem a pé. O assunto pode até parecer velho, mas quando se trata de meio de transporte é sempre atual. 3iw37

Definitivamente não podemos ainda tornar prioritário esse modo de locomoção. São Paulo é uma cidade formada num território com colinas, ou seja, a bicicleta é um meio que segrega muita gente em distâncias mais longas. Acredito que temos que encarar a bicicleta como lazer por um bom tempo e não como alternativa de transporte de massa. Corredores de ônibus, Metrô e o Monotrilho são as soluções para a cidade.

Fui conhecer a Linha 15 do Monotrilho. Os trilhos saem da estação Vila Prudente – da linha verde do metrô – e deveriam ir até a Cidade Tiradentes, no final da zona leste, num trajeto de 27 quilômetros, mas vão só até a próxima estação Oratório. O resto do percurso está com as obras em ritmo lento. Confesso que me senti dentro daqueles desenhos animados da década de 60 da Família Jetsons.

Acredito, pelo que vi, que o Monotrilho é uma maneira de contemplar a maioria que mora distante e precisa sair e chegar com rapidez e conforto. Além da Linha Prata que ruma para o leste, outra está em execução do Morumbi para o Jabaquara. Saí do vagão da linha prata com a convicção de que esse é um meio de transporte que pode solucionar o problema numa cidade de carros.

Pelo jeito das obras a conclusão das duas linhas do transporte elevado ainda vai demorar, mas é sem dúvida um jeito de solucionar um dos mais graves problemas da cidade de São Paulo: o transporte de pessoas.