Para o professor Reinaldo Castro Souza, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, o ideal seria que o horário de verão desse ano viesse com alerta do governo sobre a situação difícil dos reservatórios e o pedido para um uso racional de energia. “A qualidade da energia vai depender do que vier de água nos reservatórios do Sudeste e Nordeste. O horário de verão é uma gota no oceano em termos de redução no consumo”, afirma. 393k4b
O professor elege o aparelho de ar condicionado como vilão do consumo no verão. Segundo ele, um aparelho de 10.000 BTUs ligado durante oito horas consome cerca de 180 kW/h.O professor também teme que os possíveis ganhos anunciados com o horário em para a sociedade um sinal equivocado de que a situação estaria melhorando, o que não seria real. “A bandeira vermelha não vai embora”, revela Souza.
Com o Nordeste em situação pior no sistema, a inclusão dos estados da região no horário de verão não se justificaria. Segundo Souza, a região está muito próxima da linha do Equador e não possui tanta luz natural quanto os estados das outras regiões. Aumentar a vigência do horário para um maior ganho também é outra possibilidade rechaçada pelo professor da PUC-Rio, já que com o início do fim do verão, em fevereiro, a quantidade de luz natural também começa a diminuir.
Lembre-se: o horário de Verão começa no próximo sábado, 18 de outubro.
Fonte: Canal Energia