Um locutor de Rádio, amigo de velha data, que sempre acordou cedo para a leitura dos noticiários radiofônicos, costuma postar nas redes sociais essa pergunta, sempre que vai iniciar seu dia profissional. 6my8
Depois de ler e questionar o motivo da pergunta, ei a raciocinar naquele sentido e descobri uma série de coisas que quero compartilhar com vocês.
Vamos começar pela mais comum das operações aritméticas: um ser humano dorme, em média, 8 horas por noite. Quando ele chegar aos 60 anos, terá dormido 20 anos!!!
Mesmo com os descomos da vida (um bebê dorme o dia todo e um adulto idoso dorme 6 horas por noite), no frigir dos ovos, o número final é bastante alto!
Resolvi fazer uma digressão pessoal e comecei a contar quanto tempo eu gastei no trânsito desde que comecei a ir à escola, de ônibus. Depois, somei o período em que fiz faculdade (uma parte de carona e outra com meu primeiro Fusca). Adicionei o período em que comecei a trabalhar e aquele em que fiz pós-graduação. Por baixo, cheguei aos 5,6 anos…
Isso quer dizer que, chegando aos 60 anos, eu teria utilizado, apenas, 34,4 anos da minha vida para mim mesmo! Isso inclui as refeições, os eios, os banhos, o tempo dedicado ao trabalho, etc…
Fazendo e refazendo a conta a gente conclui que é muito pouco, até porque, aos 60 anos, não dá pra inventar muito, não.
Daí, eu vejo minhas amigas reclamando que o filho vai pra balada no sábado e dorme o domingo todo. A outra diz que a filha vai dormir na casa do namorado (ela acha bem mais seguro) e, quando volta na noite de domingo está cansada e mal tem vontade de começar a semana com ânimo.
Tudo bem que o sono é necessário, porque recompõe as energias perdidas, revitaliza as células, dá equilíbrio para que possamos enfrentar o dia seguinte, mas, nada de exageros, certo?
Voltando ao meu amigo locutor, acho que ele tem razão: a vida é tão curta e a gente aproveita tão pouco. Dormir pra quê?
E, se me permitem, eu acrescento: A gente tem a morte toda pra dormir! Dormir (agora) pra quê!!!
