Teve início, nesta segunda-feira (02), a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 25), em Madri, na Espanha. Com o slogan “Time for Action” (Hora da Ação, em português), o evento reunirá representantes de quase 200 países para definir as medidas finais para combater o aquecimento global. 366j72
Desde a criação e do Acordo de Paris em 2015, as conferências do clima têm trabalhado para colocá-lo em prática. O maior desafio da COP 25 é acelerar o combate aos eventos extremos no mundo inteiro, como enchentes, queimadas e secas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que os governos de todo o mundo ampliem seus esforços e ressaltou que os desastres naturais se tornaram mais frequentes, demandando custos financeiros e humanos.
“Realmente queremos ser lembrados como a geração que enterrou a cabeça na areia, que brincava enquanto o planeta queimava?”, disse na abertura da Conferência. “Sabemos que é possível. Simplesmente precisamos parar de cavar e perfurar para aproveitarmos as vastas possibilidades oferecidas pelas energias renováveis e pelas soluções baseadas na natureza”.
Guterres também pediu para os países resolverem as regras sobre o comércio de carbono, consideradas vitais para iniciar ações mais rápidas para reduzir as emissões.
Segundo um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as emissões de gases de efeito estufa precisam diminuir mais de 7% ao ano, entre 2020 e 2030 para limitar a temperatura média global em 1,5ºC.
Brasil
O Brasil chega a COP 25 com uma postura defensiva. O país terá que explicar o seu posicionamento e a prática do setor ambiental, que teve um crescimento de 29,5% no desmatamento na Amazônia em um ano.
Outro ponto que deverá ser esclarecido é a relativização da questão ambiental, que ou a ser evidenciada com os discursos polêmicos do presidente Jair Bolsonaro, questionando dados científicos de desmatamento.
O Brasil ainda tentará buscar recursos internacionais para proteger a Amazônia, principalmente, uma parcela do financiamento de US$100 bilhões anuais da ONU para países em desenvolvimento que apresentarem políticas climáticas consistentes, e do mercado de carbono, que é a contabilidade das emissões de CO2 entre os países.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o governo brasileiro pretende aproveitar a COP25 para apresentar propostas que facilitem o financiamento estrangeiro de medidas de preservação ambiental.
** Com informações do G1 e da Reuters