Pesquisadores liderados pelo biólogo brasileiro Alysson Muotri testaram em neurônios – cultivados especialmente para este experimento – in vitro o remédio amazônico. 2l1x2z
Testes em camundongos mostraram que as cobaias reagiram bem ao medicamento, segundo os pesquisadores. As fêmeas grávidas tratadas com cloroquina se tornaram imunes à doença e tiveram filhotes saudáveis.
“Demora muito tempo para desenvolver métodos profiláticos contra eles. Nós precisávamos de uma solução mais rápida. A cloroquina é um remédio já conhecido e barato, que não tem patente. Se houver outro surto de Zika no próximo verão, é possível usá-la para proteger a população”.
Meses após a descoberta do zika vírus no Brasil em 2015, cientistas confirmaram que a doença pode causar microcefalia em bebês, causando uma sensibilização mundial.
Dois anos depois, a equipe de Muotri descobriu que um remédio usado há 60 anos contra malária pode impedir tanto a infecção pelo vírus, quanto a transmissão do zika da mãe para o feto.
E a resposta veio da Amazônia. Na década de 1950, a população amazônica misturou a cloroquina com sal de cozinha para alterar o grau de acidez (pH) das células, tornando-as inóspitas para certos vírus, como o damalária.
** Com informações do Só Notícia Boa