As besteiras urbanas 1a553

(Foto: Reprodução)

Faz tempo que estou querendo escrever sobre um assunto banal: a proibição da circulação de veículos sobre o Viaduto Dr. Plínio de Queiroz, conhecido como da Praça 14 BIS. Para quem não mora em São Paulo, ele a por cima da praça, aliviando o trânsito por cerca de dois quilômetros e liga o bairro do Bixiga ao centro da cidade. 496f6x

A Prefeitura do alto de sua autoridade só permite que ônibus em pelo local, que já tinha nos dois sentidos faixa exclusiva. Confesso que nunca vi esse viaduto congestionado. Agora com a medida as vias laterais, vivem lotadas. Uma amiga que mora perto me disse que ninguém quer ir na casa dela, para não ter que ficar parado no trânsito, até nos finais de semana. Que saco né!

o sempre pelo local e não havia problema de trânsito, mas enfim arrumaram. Isso me lembra as histórias de um jornalista carioca que para criticar costumes e atitudes do período da Ditadura Militar, escreveu o FEBEAPÁ – Festival de Besteiras Que Assola o País. Sérgio Porto usava o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta e ironizava as besteiras das autoridades.

Lançou o livro em 1966 e infelizmente morreu em 68. Quando eu era garoto li um dos livros com uma história que nunca esqueci. Ela contava que o setor de Segurança Pública vivia sendo criticado por não retirar com rapidez os corpos de pessoas que morria na rua, vitimas de acidentes, assassinatos ou morte natural, na cidade do Rio de Janeiro, até que apareceu um secretário que determinou a compra de biombos que ficavam nas delegacias e eram colocados para encobrir os corpos, que não deveriam mais ficar à mostra para a população.

Stanislaw Ponte Preta se hoje vivesse com certeza todo ano lançaria uma nova edição do FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLA O PAÍS.