Acolhimento X Encolhimento a4a2a

(Foto: Reprodução)

Nesta época do ano, com a chegada do inverno, tudo fica mais encolhido. Até a gente resolve “diminuir de tamanho”, para caber nas guardadas roupas de frio que estavam esperando a sua vez para sair do armário… 2p6k1x

A pele fica ressecada, mais enrugada e os banhos acabam sendo mais demorados por causa das baixas temperaturas. Sorte de quem tem aquecimento solar em casa, pois vai economizar energia elétrica que costuma estourar nesse próximo trimestre. Mas, não se pode esquecer-se de economizar água, também, visto que os reservatórios ainda não estão lá essas coisas.

Recomendo usar bastante hidratante para os lábios e para a pele, sendo que os produzidos à base de manteiga de cacau tornam a pele bastante confortável.

Mas, em meio a tudo isso, não podemos nos esquecer de um som que é parecido e até está na moda, que é a palavra “acolhimento”. A Igreja utiliza muito, as políticas públicas aproveitam a estação do ano e, assim, vamos ouvindo – repetidas vezes – a mesma ladainha, mas, quem leva a sério?

Acolher é um termo bastante amplo, pode significar algo direto ou algo mais efêmero, uma prática efetiva ou uma maneira de propagar ideias a respeito de ações que devem ser tomadas pelo povo em geral, por grupos beneméritos, etc.

As décadas se sucedem e o esmoler se reinventa de várias formas: ora é uma pessoa maltrapilha que busca uma moedinha nos faróis, ora são os lavadores de para-brisas que aparecem do nada e investem sobre seu carro, ora é um rapaz vestido de palhaço, fazendo graça e invadindo as janelas dos veículos para pedir uma ajuda, existem os que pretendem surpreender com os malabares, os comedores de fogo que lembram dragões de filmes infantis, enfim, uma infinidade de maneiras de conseguir aquela simples moeda que já está quase fora de circulação ou qualquer fração dela…  Particularmente, acho que não se deve dar esmolas nesses locais, pois, além de estimular a prática, bem sabemos o uso que muitos deles fazem com a arrecadação diária.

Melhor seria que as pessoas adotassem entidades que realmente acolhem, que servem a tão reconfortante sopinha noturna, que reúnem agasalhos e os distribuem às pessoas necessitadas e que as políticas públicas propiciassem melhores condições para os que não têm um teto, não têm um cobertor ou mesmo uma cama para se deitar.

Mas, também, não é possível criar-se um assistencialismo que permita a essas pessoas ficarem jogadas o dia todo, fumando, se drogando, sem uma atitude positiva ou sem se sentirem úteis a si mesmas e à sociedade que as acolhe. É uma equação bastante complexa e, por isso mesmo, nada muda ano após ano.

Vamos repensar a nossa maneira de ajudar e de acolher? Reflita a respeito!!!